Os fãs de histórias em quadrinhos, cinema, séries e música estão na CCXP22 (Comic Con Experience), um dos maiores eventos de cultura pop do mundo, que abriu nessa quinta-feira (1º) e segue nos dias 2, 3 e 4 de dezembro. Após dois anos de edições online por causa da pandemia, o festival volta a acontecer presencialmente, na São Paulo Expo, na região do Jabaquara, zona sul da capital.
Com dezenas de atividades na programação, uma das atrações é o tradicional desfile de cosplayers – arte performática em que os participantes, chamados cosplayers usam fantasias e acessórios para representar um personagem específico.
Pelos corredores é possível esbarrar com super-heróis, personagens de animes, de desenhos animados infantis e até com o Coringa, do filme Esquadrão Suicida.
Alexandre Matias Pereira Bombiane, de 30 anos, é um dos cosplayers que desfilam pela CCXP. No dia a dia, além de ator e bartender, ele também trabalha com personagens em festas infantis e pinturas corporais.
“Essa mesma de Coringa que eu vim, eu mesmo me pinto, junto com o que tenho de roupas e faço ficar parecido . Estou sempre evoluindo. Não estou participando do desfile oficial, mas vou curtir o evento”.
Já a médica neurocirurgiã Paula Anunciato Fabris, de 41 anos, é cosplayer desde nova. “Já tem 24 anos, então eu comecei já bem na época dos animes da extinta TV Manchete, e aí acabei curtindo esse hobby, eu gosto muito. E obviamente, com o passar do tempo aumentando o grau de dificuldade, vou pegando personagens diferentes e hoje em dia eu já faço personagens bem complexos”.
Hoje, ela participa do desfile com o cosplay dela era Jadis, a Feiticeira Branca de As Crônicas de Nárnia. Amanhã, ela vai para CCXP fazendo o cantor americano de paródias Weird Al Yankovic.
Para quem curte o mundo geek, a sensação é estar dentro de um filme, série ou mesmo um anime [desenhos animados de origem japonesa], já que a representação é idêntica.
Vale dos Artistas
O lugar mais disputado da CCXP é o Artists Valley By Chiaroscuro Studios, que vai receber quase 500 artistas e ostenta o título de maior encontro de artistas ligado aos quadrinhos do mundo. São quadrinistas consagrados e novos talentos, vindos de diversas partes do país e do exterior.
Os trabalhos apresentados abordam os mais variados gêneros, incluindo aventura, charge, cartum, ficção científica, humor, infantil, juvenil, LGBTQIAP+, mangá, policial e suspense, entre outros, reflexo do mercado nacional de quadrinhos, que tem na CCXP uma vitrine importante para aproximar os fãs de seus artistas favoritos e também para alcançar novos públicos.
Pela segunda vez no evento, a ilustradora e artista Sasyk, mostra no vale dos artistas dois lançamentos. “Um deles, o que está sendo lançado é o PillowTalks, um quadrinho BL ( Mangá BL são mangás onde mostra a relação emocional entre dois ou mais personagens masculinos) com roteiro e arte escrito por mim, ele é bem poético. O outro lançamento é O Clã, As Crônicas de Mirabelem, que é um quadrinho, e ele tem o roteiro escrito pela Clarice França que está dividindo a mesa comigo e pela Isadora Lima. A arte é minha. Esse conta a história da cidade de Mirabelem, que é tipo uma São Paulo invertida com os seres mágicos e a protagonista é uma vampira que está atrás de um clã”.
“Creio que vai ter muita mais gente interessada, do que nas edições digitais passadas. Um evento presencial desse tamanho dá um tipo de visibilidade bem diferente, que atrai o público, já que é muito mais do que só divulgar no digital. Então eu acredito que vai ser bem bacana e bem corrido”, disse.
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