O Parlamento peruano antecipou as eleições presidenciais para abril de 2024, numa tentativa de colocar um ponto final na agitação popular que foi desencadeada pela destituição do presidente Pedro Castillo. O embaixador mexicano em Lima foi expulso e acusado de “interferência” no Governo de Dina Boluarte.
Os manifestantes pedem pelas eleições antecipadas e o Congresso votou na terça-feira (20) a antecipação data de 2026 para abril de 2024. Na sessão plenária, a proposta, que exigia 87 votos a favor, obteve 93, 30 deputados votaram contra e um se absteve.
A decisão estabelece também que a atual presidente, Dina Boluarte, entregue o cargo em junho de 2024 ao vencedor das eleições. Segundo as últimas pesquisas, 83% dos eleitores são a favor de votações antecipadas para colocar um ponto final na crise desencadeada pela demissão, em 7 de dezembro, do presidente de esquerda, Pedro Castillo.
Os protestos começaram em 7 de dezembro em várias regiões do Peru, particularmente na capital Lima e na parte sul dos Andes peruanos, depois de o Congresso ter destituído Castillo da Presidência.
A destituição aconteceu depois de Castillo ter anunciado a dissolução do Parlamento e a criação de um executivo de emergência, que governaria por decreto, medida interpretada maioritariamente como uma tentativa de golpe de Estado. Os manifestantes exigem a demissão da presidente Dina Boluarte (anterior vice-presidente), que substituiu Castillo no âmbito da sucessão constitucional e o encerramento do Congresso.
Desde então, têm surgido manifestações e, segundo o último relatório do gabinete do Provedor de Justiça, 21 pessoas foram mortas e mais de 650 feridas em confrontos entre manifestantes e forças de segurança.
As ligações aéreas foram retomadas no aeroporto de Inca Manco Capac em Juliaca, na região sul do Peru, após seis dias.
As visitas à famosa Machu Picchu estão suspensas desde 14 de dezembro para garantir a segurança dos turistas.
Informações: RTP
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