Disputa pela desocupação de áreas invadidas gera tensão entre Rumo Logística, Prefeitura de Marília e projeto cultural

A empresa Rumo Logística e a Prefeitura de Marília estão envolvidas em uma disputa acalorada pela desocupação em curto prazo de áreas anexas à ferrovia, que foram invadidas, especialmente no centro da cidade, onde estão localizados um projeto cultural e uma extensão do camelódromo.

A pressão pela saída dos ocupantes resultou em duas propostas, ambas com poucas perspectivas para o uso futuro do espaço: a desocupação até fevereiro de 2024 em caso de acordo pacífico ou a retirada imediata, especialmente se houver uma sentença de reintegração no processo judicial em andamento.

A expectativa é que, neste caso, os dirigentes do projeto Estação consigam a retirada em até 90 dias. Uma assembleia será realizada para definir a conduta a ser adotada: prolongar a discussão judicial ou chegar a um acordo com uma data para saída.

Os dirigentes do projeto compareceram à audiência com a expectativa de negociar o uso do espaço até que a Rumo retome a linha ferroviária desativada no ramal entre Bauru e Panorama. No entanto, a empresa manifestou interesse na reintegração imediata.

A Prefeitura, que participou como parte interessada na discussão, também expressou interesse na liberação do espaço para a implantação de um projeto de parque linear, que inclui urbanização, ciclofaixa e outras formas de aproveitamento das áreas ao lado dos trilhos.

Nenhuma opção foi apresentada para realocar o projeto em outra área de uso coletivo no centro da cidade. Além do comércio, o projeto ocupa um espaço abandonado para atividades culturais.

Os representantes da ocupação também mencionaram o caso de ocupação da ferrovia em Oriente, que teve uma sentença de reintegração, mas sem uma ordem imediata de retirada. No entanto, ouviram que o outro caso envolve residências, não estabelecimentos comerciais.

Os dois solicitaram um prazo para realizar uma assembleia com todas as partes envolvidas, e segundo Ademar, isso deve ocorrer em 15 dias. Uma nova audiência foi marcada para o dia 1º de junho.

 

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