Varejista de moda Amaro pede recuperação extrajudicial com dívidas de R$ 244,5 milhões

A varejista de moda Amaro solicitou à Justiça de São Paulo a homologação de seu pedido de Recuperação Extrajudicial, entrando para a lista de empresas com dificuldades financeiras nesta semana.

Com dívidas que somam R$ 244,5 milhões, a companhia busca fazer acordo com seus credores e definir um plano de reestruturação que envolve pagamentos apenas para credores quirografários, sem garantia real de pagamento, com a adesão de 41,63% deles.

Um dos motivos para o pedido é o risco das atividades empresariais devido às ações judiciais que a empresa sofre, podendo ocorrer atos de constrição de patrimônio, falência e/ou despejo das lojas.

A Amaro solicita a suspensão dessas ações por 180 dias. A empresa afirmou que o acordo tem como objetivo preservar sua liquidez, adequar sua estrutura de capital e fortalecer sua operação, além de manter o relacionamento com fornecedores e parceiros. A Amaro adota um modelo de vendas baseado no comércio eletrônico, embora também possua lojas físicas no país.

As transações nas lojas físicas podem ser feitas por computadores, mostrando o estoque e substituindo os atendentes do caixa. A companhia, criada em 2012, foi uma das pioneiras na integração do comércio físico com o digital no setor de moda, mas foi afetada pela alta taxa de juros e pela piora no consumo devido à baixa liquidez do mercado. Apesar de já ter sido considerada um ativo valioso para redes de moda listadas na Bolsa, seu alto valor afastou possíveis compradores.

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